terça-feira, 8 de janeiro de 2008

DA BASE DO PENHASCO

Estamos em recesso. O ano foi muito bom. O próximo prossegue, há de ser mais para o C.A. Ocorre que um Centro Acadêmico talvez não precise ser mais que a média do que sempre tem sido. Crescer não sei bem se significa um valor para essa entidade de componentes renováveis. Porque ela deve ter o papel de espaço garantido de aprendizagem para quem queria estar ali. Mas daí eu penso na Faculdade de Biologia, por exemplo. Pode-se dizer que a Biologia UFC vem crescendo e é ela também um espaço sempre renovado e tratando de passar ou pelo menos garantir a passagem de um mínimo de conhecimento básico para cada safra de alunos que se coloca a atravessar esse rio. Mas os professores não são substituídos no ritmo acelerado em cujo passo seguem as turmas e as gestões do centro acadêmico. Com isso talvez eles possam ter em mãos projetos de longo prazo, reformas mais duradouras e etc. Daí eu abro mão da comparação, acho que não servem mais essas colocações. O C.A. pode sim construir uma infinidade de feitos magníficos e grandiosos e geniais. Só que ser grande significa ser visto por mais gente. E fica mais dificil caminhar sem pisar em alguém, e algum dos alguéns espectadores não vai gostar do que vê, e tentarão dizer qual o caminho, qual a velocidade e, por fim, qual expressão querem ver no rosto do gigante. Nessa altura do campeonato, o troglodita já perdeu a vontade de viver e fica se lamentando por não ser um anão. Ele vai diminuindo e desaparece. Já não há mais nenhum paquiderme na região, o espaço está lá. É claro que novos gigantes surgirão, a dinâmica da natureza é clara. Eles surgirão assim como desaparecerão. Essa comparação também não me serve mais.

Eu quero forçar a barra para mostrar que o Centro Acadêmico de Biologia Professor Valdinar Custódio pode ser enorme e cada vez maior, constantemente. Porque se em um ano se preenche tudo o que a comunidade do curso exige minimamente, no próximo, os que vierem só precisarão dar a manutenção àquilo, pois as necessidades das safras são mais ou menos as mesmas sempre. E aí, guardado o esforço da criação para o que já existe, teremos esforços de sobra para a criatividade de quem venha. Eu não sei o que poderia entrar nesse novo espaço. Mas sei que o esforço de um grupo é algo bastante visado, mesmo para os grupos de anões.

Agora julgo melhor calar e ver o ciclo acontecer.


Pablo Pimentel Pessoa

Presidente apenas por exigência de formalidade da gestão Lemingues, 2007.
Esperançoso pelo que vem do outro e saudoso de seu próprio percurso.

*Fotos da Semana da Biologia postadas.

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